top of page
Buscar
  • Foto do escritorEdneide Assis Amaral/Edi

Para dizer.

Atualizado: 7 de set. de 2021






Você também deve estar se sentindo sensível nesse momento que estamos atravessando. Quantos caldos de tantas ondas que já tomamos até aqui! Caímos cansados na areia arrastados pelas forças oponentes, mas como guerreiros levantamos, tiramos a areia dos olhos, tomamos mais um fôlego e seguimos.

Nesse processo passamos por tantas coisas. Meditamos, cantamos, silenciamos, choramos, verbalizamos a nossa saudade dos nossos amigos que há mais de 1 ano não abraçamos, lemos, transformamos, reciclamos, desistimos, retomamos e isso tudo sem ter futuro possível de ser pensado.

Não está sendo fácil, mas confio muito nesse desejo profundo que trago no peito de que caminhos sejam possíveis e que o amor de poucos nos salve e alente. Nessas horas, o que é bom bóia, e o que não é afunda, para usar uma metáfora desse mar e o que ele arrasta consigo, mas que pela força do amor de muitos conseguimos desajeitadamente chegar em terra firme novamente.

Não há palavras que dêm conta disso. É agradecer e seguir, agradecer e seguir. Há momentos de indiginação e raiva, e eles também precisam de voz. Eu não consigo narrar essa jornada, e fico pensando o tanto de força que uma pessoa precisa para narrar uma experiência que quase a destrói.

Esse texto é uma tentativa de dizer alguma coisa porque senti que precisava dizer, mas ele é insuficiente, porém já está bom. O pouco que conseguimos já está bom.









40 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page